domingo, 23 de agosto de 2009

"Se você quiser educar o homem, comece pela avó dele." Victor Hugo

Quando todos entendermos que desde a gestação, o espírito reencarnante deve ser cuidado com todos os recursos psicológicos possíveis afim de proporcionar maiores chances de um desenvolvimento mais eficaz e rápido, teremos compreendido o objetivo MAIOR da paternidade, que não se restringe a trazer ao mundo mais um ser.
Na verdade, eu sou absolutamente contra à paternidade sem juízo, sem bom senso; um risco grande à muitos espíritos que imploram sofridamente por bons educadores.
A questão de que existe uma fila de seres desesperados e ansiosos por reencarnarem, não justifica se "parir" 4, 5, 10 sem termos a preocupação com a qualidade da educação que será dispensada à cada uma destas criaturas.
Apenas 1 espírito bem educado moralmente em cada reencarnação pode proporcionar um benefício imenso não só à este como àqueles outros tantos que virão ao corpo futuramente através destes.
Acho uma tremenda falta de tempo e, aliás, até muito arriscada, a reencarnação em famílias desestruturadas emocionalmente.
Na minha opinião, uma reencarnação nestas condições pode inclusive reforçar "maus hábitos" e más inclinações em espíritos necessitados de evolução.
Chega a ser um perigo enlouquecedor para qualquer criatura "entregue" aos cuidados de pais incapacitados moralmente.
Sou defensora da teoria de que se um casal não tem desejo sincero e responsável da parternidade, não deve se arriscar nesta empreitada, sob pena de no lugar de ajudar, prejudicar os futuros companheiros espirituais na condição temporária de filhos.
Uma reencarnação apropriada, sendo estruturada com bases morais muito bem objetivadas, forradas de muito amor, deveria ser, ao meu ver, a prioridade desta questão.
Tenho convicção de que é preferível se aguardar mais tempo para bem reencarnar, do que se aventurar em famílias que não possam ajudar muito. Ajudar pouco pode significar piorar a situação espiritual.
A afirmação de que o espírito não retrograda, creio, é muito questionável.
A evolução pode até acontecer no aspecto intelectual, no desenvolvimento de uma ou outra habilidade, mas quanto à moral, o lado principal do espírito, sinceramente, tenho profundas dúvidas e praticamente certeza de que isso não é verdade.
A questão de que, uma vez adquirida uma virtude ela estará consolidada na moral espírito, é inquestionável - Ex.: Se aprendemos "realmente" à não matar, não mataremos nunca mesmo, mas até que ponto podemos afirmar isso ? E se reencarnamos em famílias com tendências à matar? Será mesmo que não seremos influenciados e até "educados" para isso?
Em contra-partida, ao reencarnarmos em famílias já bem equilibradas nesta questão, a tendência é de que reafirmaremos em nosso caráter a questão de que não podemos matar.
O hábito se torna uma virtude ou um defeito com o vivenciar deste.
O espírito, ao se expôr às vicissitudes de cada reencarnação, senão estiver muito bem amparado por uma família - em especial pelos pais - pode com certeza "adquirir" novos e maus hábitos, ou ainda, pode trazer à tona defeitos que já estavam adormecendo quase prontos para serem eliminados de vez de sua moral se forem bem "polidos".
A má orientação por parte dos pais e responsáveis, além de não ajudar à modificar as más tendências daquele que já às trouxe com ele, como por exemplo esta questão do NÃO MATAR, ou apenas superficialmente contê-la, é o que com certeza arrasta as etapas reencarnatórias desnecessariamente à passos de tartaruga, causando muito sofrimento.
Na reencarnação, a sanidade "mental" do espírito e seu aprendizado moral, devem ser o objetivo maior da decisão pela paternidade.
Se há dúvida quanto à nossa própria capacidade de educar corretamente - e isso não significa que tenhamos que ser pais perfeitos - a paternidade deve ser sinceramente questionada, no meu ponto de vista.
"Conhece-te a ti mesmo" tem aqui uma das maiores verdades, pois somente nos auto-analisando com muita honestidade, é que poderemos colaborar com o Pai Maior na mais importante de todas as atividades que cada ser pode exercer: Proporcionar oportunidades aos irmãos reencarnantes (nossas semelhantes criaturas filhas de nosso Criador) com qualidade e amor divinos.
Nossos filhos hoje, poderão ser nossos futuros educadores na condição de pais ou avós... e deles muitos de nós dependerá para sermos fortalecidos em nossas qualidades, amparados em nossa luta por eliminar nossas más tendências afim de evoluirmos mais rapidamente, através de uma educação moral contínua, participando de mundos onde o aprimoramento espiritual caminhará à passos largos - como deve ser a caminhada em direção à luz!
Andy

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Afirmações Positivas


Clique no título acima para os links das afirmações abaixo.

Afirmações dos Abraham-Hicks
Afirmações para a Prosperidade
Afirmações Positivas para a AUTO-ESTIMA - Louise Hay
Afirmações Positivas para a CRIATIVIDADE - Louise Hay
Afirmações Positivas para a PROSPERIDADE - Louise Hay
Afirmações Positivas para a SAÚDE - Louise Hay
Afirmações Positivas para atrair AMOR e ROMANCE - Louise Hay
Afirmações Positivas para o PERDÃO - Louise Hay
Afirmações Positivas para o SUCESSO PROFISSIONAL - Louise Hay
Afirmações Positivas para VIDA SEM ESTRESSE - Louise Hay
Apelo para Atrair a Abundância Divina
Bênçãos Derramadas
Como Posso Saber o Que Estou Atraindo? - Abraham-Hicks
Como Promover a Vida Abundante - Joseph Murphy
Credo dos Otimistas
Deus é Minha Força Superior
Deus, ninguém me conhece como Vós...
Dinheiro-Idéia de Deus (Oração do Dr. Murphy)
Eu Tenho a Força e Sou o Reino
Graças Pelo Dia de Hoje
MEDITAÇÃO E APELOS - Para cada dia da semana
ORAÇÃO CONTRA A INVEJA E O RESSENTIMENTO
Oração da Co-Criação
Oração da Fartura
Oração da Vitória
Oração de Doriana Tamburini
ORAÇÃO DE PROSPERIDADE NOS NEGÓCIOS
Oração Decreto
Oração do Dinheiro - Joseph Murphy
Oração do Livro - O PODER INFINITO DA MENTE
Oração do Perdão
Oração do Poder
Oração do Segredo
Oração Matinal
Oração para as Finanças
Oração para o Esporte - Seicho No Ie
Oração Para Pedir Bênçãos Financeiras
Oração Para Quem Tem Um Negócio Próprio
Oração Para Ter Fé Inabalável
Oração por Boas Idéias - Seicho No Ie
Oração por Harmonia - Seicho No Ie
Oração por Saúde - Seicho No Ie
Para as Próximas 24 Horas - Lauro Trevisam
Para Obter Sucesso
Perdão
Prosperidade - Meu Cálice Transborda...
Prosperidade - Seu Direito Divino - Carmen Balhestero
Sou Saudável e Forte - Aline Dexheimer
Supremo Deus de Infinita Bondade...
Tratamento de Merecimento

fonte: http://www.despertardamente.com.br/s/afirmacoes/listagem0.html
imagem: Google

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Famosos ligados à Rosacruz


A tabela abaixo traz alguns nomes famosos ligados a Rosacruz de maneira direta ou indireta, seja como participantes ou como influências diretas:



fonte: Site Mistérios Antigos
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Vídeo para saber mais sobre o que é a Filosofia ROSACRUZ
http://www.youtube.com/watch?v=gl9NGVi0muc


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E.T.: Para mim, um assunto muito interessante, uma vez que a grande maioria destes citados no quadro, sempre me causaram bastante admiração.
Andy

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Correntes de pensamento, psicografia e plágio - Robson Pinheiro


Segundo nos relatam as inteligências extrafísicas, o planeta Terra é um organismo vivo e pulsante; interage com as inteligências encarnadas e desencarnadas, as quais irradiam pensamentos ininterruptamente. Esses pensamentos se manifestam ora como ondas, ora como raios que partem da fonte geradora, formando uma espécie de associação, mais ou menos duradoura, com outras imagens mentais ou formas-pensamento. Essas associações têm uma duração proporcional à qualidade, à intensidade e à força que mantêm unidos tais pensamentos afins.
Entendemos, a partir daí, que os pensamentos de ordem superior, girando em torno da atmosfera psíquica do planeta, formam um cinturão de correntes mentais que abastecem as mentes encarnadas e desencarnadas que sintonizam com os elementos elevados constituintes dessas correntes.
Assim é que artistas, sensitivos, cientistas, médiuns e todos aqueles que mantêm uma atividade mental superior, desenvolvendo seus raciocínios e buscando inspirações para qualquer tipo de tarefa com objetivos nobres, acabam por sintonizar com essas correntes mentais. Pietro Ubaldi foi quem definiu melhor essas associações mentais superiores, denominando-as noúres. As noúres refletem os pensamentos de todos os seres elevados, o conhecimento universal, e se constituem na maior fonte de inspiração superior para os habitantes do planeta Terra.
O mesmo processo ocorre com os pensamentos considerados inferiores.
Conhecemos, através de várias informações dos espíritos, a capacidade de emissão de cada mente. Tais emissões se definem em termos qualitativos através das vibrações ou da freqüência alta ou baixa.

As ondas formadoras das correntes de pensamento que circundam a aura magnética dos seres humanos e do planeta são tão mais fortes quanto mais fortes e elevados forem os pensamentos e sentimentos que se mesclaram no ato mental. Ou seja: a classificação e a duração dessas ondas mentais estão subordinadas aos sentimentos e à elevação de intenções ou propósitos da mente geradora. As correntes de pensamento alcançam maior freqüência vibratória à medida que se imantam ao desejo de ajudar, esclarecer, progredir e amar.
Fica patente, então, que o poder dos indivíduos que buscam o desenvolvimento espiritual e que trabalham pelo bem, pelo amor, pelo progresso supera grandemente a condição daquelas mentes enfermiças, que ainda não despertaram para as noções de melhoramento, renovação e aperfeiçoamento. Lembremos de Gandhi, quando disse que “Se um único homem chega à plenitude do amor, neutraliza o ódio de milhões”. Desenvolvendo a reflexão com a ajuda do Mahatma, se milhares de indivíduos compreenderem que podem expressar nem que seja uma diminuta parcela de amor, em forma de cooperação, solidariedade, honestidade, lealdade, neutralizaremos o ódio daqueles que ainda permanecem ignorantes das leis da vida.
Uma das coisas que mais definem a elevação da freqüência vibratória do pensamento é o amor desinteressado. E é claro que o contrário também é verdadeiro: o egoísmo, as paixões aviltantes, a falta de sintonia com os elementos de progresso produzem um rebaixamento das vibrações dessas correntes mentais. Elas passam a formar uma espécie de egrégora, ou conjunto de formas pensamento que gravitam muito próximo à esfera física. Aqueles seres que sintonizam com a mágoa, a tristeza, a indiferença, o egoísmo e os interesses mesquinhos captam dessa egrégora elementos mentais que abastecem esses pensamentos e sentimentos desorganizados e desinteressantes para o progresso humano.
Dessa forma deduzimos quanto é valiosa a reeducação dos impulsos da alma. Selecionar o alimento mental passa a ser tão ou mais importante que escolher o alimento material. Conhecer-se para detectar a fonte das emoções desequilibradas passa a ser condição sine qua non para uma vida digna de filho de Deus, para uma existência feliz. Sentimentos e emoções como os descritos acima serão detectados, pelo ser que busca espiritualizar-se, com a máxima prontidão possível, a fim de que sejam compreendidos e transmutados. Esse exercício possibilitará uma plantação de qualidade para uma colheita com resultados compensadores.

A partir desse raciocínio podemos compreender onde se localiza a fonte de inspiração para escritores, oradores, médiuns, cientistas e outras pessoas que têm o interesse de esclarecer, incentivar o progresso e impulsionar a evolução humana. Fica mais claro como ocorre o trânsito das informações, chamadas pelos encarnados de inspiração.
Além de desenvolverem um raciocínio próprio, durante os momentos de desprendimento do corpo ou mesmo na vida intrafísica, tais indivíduos conseguem se conectar mentalmente a essas correntes mentais de ordem superior que circundam a aura do planeta. São médiuns muitas vezes inconscientes do que ocorre nesse momento sublime de conexão com os valores e os conhecimentos arquivados na memória astral do mundo.
Eis por que encontramos muitos escritores, médiuns e cientistas que, ao desenvolverem seu raciocínio, fazer suas abordagens e desenvolver seu pensamento através da escrita ou da mensagem falada, parecem se utilizar de frases inteiras ou pensamentos já vistos, expressos ou escritos. Isso ocorre porque sintonizaram com as correntes mentais circundantes da aura magnética e daí beberam diretamente na fonte de inspiração universal.
É tola, portanto, a vaidade daqueles que teimam em se considerar “os primeiros”. O conhecimento está disponível a tantos quantos, imbuídos do impulso de buscar o progresso, a beleza, o bem, o amor, se colocam em condição de sintonizar as ondas sutis que trafegam no espaço infinito, provindas dessa “biblioteca” sideral que guarda tesouros inestimáveis. Sem deixar de considerar a capacidade individual e a influência dos benfeitores espirituais, essa a razão pela qual mais de uma pessoa ao mesmo tempo, em diversas partes do globo, reivindicam uma descoberta ou a autoria de uma obra.
Nesses momentos de conexão, em que a mente encarnada ou desencarnada está sintonizada com estudos e idéias de âmbito universal, não ocorre apenas a inspiração de determinado espírito que a assiste; acontece que a mente que se conecta com o conteúdo esparso nas ondas de pensamentos superiores absorve indistintamente o conhecimento arquivado nos arquivos sutis da luz astral. Por isso é que muitas vezes identificamos muitos pontos de vista exatamente iguais, expressos nas psicografias, uma vez que, em estado de transe, o sensitivo expande sua consciência e se abastece diretamente nessa fonte inesgotável.
Como existem outros sensitivos e muitos outros médiuns, escritores e artistas, cientistas e pensadores que também se elevam vibratoriamente a essas freqüências superiores, eles também se acham como que mergulhados nesse oceano de idéias. Seus trabalhos, seus raciocínios e suas deduções e interpretações de forma alguma poderão ser considerados originais no sentido de que provém deles unicamente a idéia central. Mas, em se considerando a realidade dos fenômenos psíquicos inerentes a todos os humanos encarnados e desencarnados, podemos entender melhor o pensamento do codificador do espiritismo quando nos fala a respeito da universalidade dos ensinamentos dos espíritos. Isso ocorre quando médiuns diferentes, ou pessoas diferentes, sem se conhecerem, costumam apresentar trabalhos e raciocínios, mensagens e idéias comuns e muitas vezes empregando as mesmas palavras e até frases inteiras. É que a fonte de inspiração foi a mesma. Uma vez conectados com essas correntes mentais superiores, em estado de transe ou de expansão da consciência, além de serem inspirados diretamente por entidades extrafísicas, alcançaram esses domínios da mente, os registros mentais, e neles mergulharam durante o processo de desdobramento de suas atividades, no desenvolvimento de sua obra.
Essa visão mais ampla do processo de inspiração contribui para compreendermos fatos como o que ocorreu com Jesus, que pareceu repetir alguns ensinamentos vindos antes dele e expressos nas pregações de Buda, Sócrates e outros representantes do pensamento evolucionário da humanidade. É que estavam ligados mentalmente à mesma fonte, na qual abasteciam suas mentes e de onde tiravam sua mensagem. Algo semelhante encontraremos nos escritos de Allan Kardec, quando o eminente Codificador expressa alguns pensamentos e raciocínios atribuídos a ele, mas que encontramos em escritos e trabalhos desenvolvidos antes dele por outros autores. O mesmo ocorre com médiuns que psicografam mensagens, e depois encontramos os mesmos elementos expressos em outros escritos. Muitas vezes por ignorar o processo mental de sintonia fina no qual se encontram no momento do transe, deduzimos ser plágio. Desconhecemos muitas vezes que essas correntes de pensamento superiores podem ser acessadas mediante maior ou menor concentração mental e por causa da identidade de interesses.
No processo mediúnico, por exemplo, o médium não somente está em sintonia com o espírito que o assiste no momento, como também apresenta suas faculdades e paracapacidades mais dilatadas. Isso faculta ao sensitivo entrar em sintonia com os registros siderais nos quais estão impressos os pensamentos e raciocínios. Isso ocorre também entre todos os escritores e artistas, os quais, ainda que não sejam espíritas, são médiuns inspirados, que produzem seu trabalho, muitas vezes parecendo aos ignorantes ser uma cópia de outros anteriores, demonstrando ser a comprovação da existência de uma fonte de inspiração universal, sublime, extracerebral.
Palavras iguais ou semelhantes, frases completas e muitas vezes textos apenas com pequenos detalhes diferentes são traduzidos em mensagens de encarnados ou desencarnados, retratando a realidade daquilo que Salomão disse há mais de 2300 anos: Nada há de novo debaixo do céu…
De forma alguma excluímos a possibilidade de que existam indivíduos que agem com má-fé, copiando trabalhos alheios e tomando a si sua autoria. Todavia, conhecendo a realidade das correntes mentais, talvez não seja tão difícil distinguir entre os inescrupulosos e aqueles que têm acesso aos conteúdos sutis. Talvez baste pesquisar a biografia do sujeito em questão, a contribuição que tem oferecido às comunidades de que participam, a folha de serviços prestados, o conjunto da obra. Como deduzir que age com deslealdade aquela pessoa, o médium, artista ou cientista que mostra possuir valores nobres, dignidade e um conjunto de serviços sobejamente conhecidos?
Difícil é compreender a lamentável atitude de alguns companheiros do movimento espírita, ao lançarem palavras ofensivas a determinados trabalhadores, como fizeram com Divaldo Pereira Franco, ao dizerem que estaria plagiando Chico Xavier. Creio particularmente que essa é uma atitude ignorante no verdadeiro sentido da palavra, por desconhecerem, rejeitarem qualquer explicação e não pesquisarem a respeito de assuntos tão complexos, mas absolutamente importantes para o entendimento do processo mediúnico e paranormal.
Contudo, se podemos explicar tal fato pela ignorância de determinados fenômenos, não podemos aceitar as críticas hostis a um companheiro que tem dado mostras constantes de dignidade e de valor. Isso não é mais ignorância: é falta da caridade mais básica e essencial, falta de respeito.
No mesmo movimento espírita, opiniões divergentes têm sido também motivo para ataques pessoais. Nesse caso, já observamos a necessidade de se estudar o Codificador e se mirar em seu exemplo, homem cujas disputas não saíam do terreno filosófico e intelectual e jamais adentravam o da ofensa pessoal. Mas é também Allan Kardec que deu o exemplo de indivíduo portador de curiosidade saudável, que o levava a pesquisar com método tudo o que desconhecia.
Sem dúvida, conhecer um pouco mais a respeito da realidade energética nos auxiliaria a compreender melhor situações que ora desconhecemos e que, por isso, nos despertam a visão preconceituosa.
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Ouça os programas do autor Robson Pinheiro:
http://www.radioboanova.com.br/offline.php?prog=130

domingo, 15 de fevereiro de 2009

O livre-arbítrio do nosso Amigo


Existem muitas definições para amizade... umas boas, outras nem tanto... mas... amizade realmente é um dos temas mais comentados e postados...
Talvez pela sua grande importância.. que nem sempre nos damos conta...
Bem... como sobre tudo na vida, que seja sério, as reflexões podem nos abrir os olhos... podem nos trazer esclarecimentos e até mudar nossos pontos-de-vista sobre alguns assuntos... porque mudar opiniões, nem sempre é errado... ao contrário, dependendo, é até uma prova de maturidade emocional e sabedoria.
Então, refletindo sobre amizade, me lembrei de alguns fatos, de algumas histórias, de leituras e comparei com algumas de minhas vivências nesta área e pude concluir (até o momento) algumas idéias.
E entro aqui na questão do livre-arbítrio do OUTRO.
Amizade, é entendermos que não podemos cerciar o livre-arbítrio do outro;
É sabermos até onde podemos dizer sim ou não à um pedido de um amigo; e este SiM ou NÃO é no que o nosso amigo deseja, e não nós.
É percebermos que desde que não nos prejudiquemos e não façamos nada para prejudicarmos alguém, no sentido das questões das leis morais e cíveis, um pedido de um amigo pode e deve ser atendido;
É entendermos que amizade não é uma vestimenta - é uma postura.
qualquer atitude banal, superficial ou individual de nossa parte, é qualquer coisa, menos amizade real.
Fazermos só o que achamos que podemos ou queremos, ou que achamos certo ao nosso amigo ou por ele, é tomarmos decisões muitas vezes contrárias às que ele deseja, ou ainda, é decidirmos se ele pode ou não receber um favor que nos pediu - isso ultrapassa o respeito ao livre-arbítrio do próximo e deixa de ser uma postura verdadeiramente amiga passando a ser uma atitude ditatorial.

Quem sabe o que é bom para si, é a própria pessoa - este é um direito institucional e democrático - é o seu livre-arbítrio - um direito dado e garantido por Deus e, caso a pessoa esteja errada neste entendimento, as próprias consequências lhes mostrarão.

Enquanto "decidirmos" o que queremos ou não fazer pelo amigo, independente de sua vontade, estaremos atendendo à nossa vontade e não à vontade do outro;
Quando Jesus nos orientou a andar 2 léguas com o inimigo que nos convoca a andarmos apenas uma com ele, estava nos ensinando a sermos "amigos"; podemos ver neste ensinamento que "atendermos aos pedidos de outrem", deve ser uma atitude sempre que possível costumeira. Fora disso, estaremos sendo egoístas e individualistas, mergulhados na prepotência de ditarmos o que é o certo e o que é o errado - inclusive para o próximo!

Um caso bastante interessante é do Chico Xavier:
Contam que uma vez, havia um homem em sua cidade que bebia tanto que voltava sempre para casa cambaleando perigosamente.
Uma certa noite, este mesmo homem na porta de um bar pede ao Chico uma cachaça antes de voltar para casa.
Para espanto dos acompanhantes do Chico, ele atende ao pedido do homem e lhe compra uma cachaça.
Criticado e questionado pelos companheiros, Chico explica que mais valia ele beber mais uma cachaça e cair no chão ali mesmo e dormir até o dia seguinte, do que tentar voltar para casa já naquele estado alcoolizado, correndo um sério risco de ser atropelado no meio do caminho.

Para muitos de nós, atitudes como esta estaria fora de cogitação.... Quem de nós atenderia ao tal homem?? Mas o Chico entendia perfeitamente que "atender" pode e deve estar além do que julgamos certo ou errado.
Se ele tivesse negado ou tentado convencer o homem a não beber mais e voltar naquela hora para casa, talvez realmente o Chico teria ido ao velório do alcoolatra no dia seguinte.
Atender ao pedido do outro neste caso pode ser sim uma questão de sensatez muito mais importante do que supérfluos julgamentos do que venha a ser moralmente certo ou errado.
Além disso, o outro tem o direito dele! Deus lhe deu esse direito.. quem somos nós para querer retirá-lo?

Nem sempre o que julgamos ser o certo realmente, nos pedidos do próximo, o é de fato; e se ainda assim claramente for, o direito dele ainda é nestas horas maior do que o nosso.
Talvez inclusive cheguemos à conclusões de que estávamos errados e que o que é certo para nós, não necessariamente é para o outro.

Essa também é mais uma profunda reflexão que devemos fazer acêrca das nossas posturas;
refletir até que ponto somos de fato amigos dos nossos amigos ou estamos apenas fazendo o que achamos que é "melhor" para ele sendo autoritários e egoístas disfarçados de "protetores", cuidando muitas vezes mais dos nossos interêsses com isso do que nos dispormos a sermos prestativos ao outro.
Lembrei também de Madre Tereza de Calcutá....
Conta sua biografia que quando começou a trabalhar com os pobres, encontrou-os numa situação muito complicada de fome em Calcutá.
Não tendo como resolver de forma mais "acertada" ao problema de centenas de pessoas, ela foi buscar alimento no lixão da cidade.
Os guardas quizeram impedí-la dizendo que ali só se encontravam restos e muitos deles além de sujos já apodrecidos... e que ela não poderia dar aquela comida aos pobres...
Não tendo de onde tirar alimento para tanta gente, Madre Tereza dialogou e explicou, pedindo que compreendessem que ali era o único alimento que toda aquela gente teria para saciar um pouco sua fome e lhes implorou a permissão de modo temporário até que encontrasse uma outra maneira de resolver a questão.
Sem ter mais argumentos contra a irmã, sabendo que inclusice ela própria também se alimentaria daquele lixo, permitiram na condição de que não ficasse se repetindo por muito tempo àquela situação.
Madre Tereza ciente da importância daquele ato, agradeceu e alimentou muitas pessoas com a ajuda de outros tantos voluntários que se comoveram com suas boas intenções.
Agora analisemos do lado de cá:
Quantos de nós não à condenaríamos senão à conhecessêmos como hoje??
Imagine se ela não fizesse aquilo na "intenção" de não causar doenças aos pobres ou mesmo dizendo aos famintos que aquela comida era um "lixo" ?
Ela não pensou em dizer não aos que tinham fome... ela disse sim... vou alimentá-los seja do jeito que for... "certo" ou errado aos olhos dos outros... preciso atender ao pedido por alimento de tanta gente....
estava ali respeitando o livre-arbítrio dos famintos de quererem ou não se alimentarem daquela "comida".

Uma outra passagem muito instrutiva refere-se à Jesus com os apóstolos.
Certo dia um deles questionou à Jesus se não seria melhor primeiro as pessoas serem curadas, para só depois ouvir melhor os ensinamentos dele - ?!
Sem sofrimentos e dores quem sabe poderiam assimilar melhor suas palavras.
Jesus não discordou - fez exatamente o que este e os outros apóstolos estajam sugerindo.
Logo depois de curadas, as pessoas começaram a sair de perto dando suas desculpas e foram embora.
Jesus então explicou que o sofrimento para algumas pessoas era exatamente a melhor maneira delas o escutarem.
A questão aqui não é se falar dos sofrimentos; aqui falamos que Jesus ATENDEU os seus apóstolos. Ele não se negou ou polemizou nada.
Sua conduta foi apenas e simplesmente a de atendê-los - a resposta veio depois por si só.

Vejamos que tanto Jesus, Madre Tereza quanto Chico Xavier não entraram no mérito do certo ou errado - apenas fizeram o que os outros queriam e pediam e que como "amigos" reais das pessoas, podiam e deviam fazer.

Se suas atitudes estivessem certas ou erradas, logo depois todos saberiam - e foi o que aconteceu com cada uma das situações que citei. Os apóstolos entenderam mais um dos ensinos de Jesus.... o homem dormiu em segurança no chão do bar até que no dia seguinte pudesse voltar lúcido para casa e centenas de pessoas puderam enfim saciar um pouco a sua fome!

Lições como estas, deveríamos refletir sempre que nos chegassem pedidos, afim de que as pessoas, certas ou erradas, aprendam por si mesmas. Nem sempre nós estaremos certos e muitas vezes às próprias pessoas estão.
Nosso orgulho ou prepotência não pode falar mais alto.
Amizade é um dos sentimentos mais amplos e importantes que todos deveríamos nos empenhar em desenvolver, até porque "caminhem juntos enquanto há luz!", nos orientou Jesus.
Creio que vale sempre refletirmos sobre o respeito ao livre-arbítrio de nosso amigo... da vontade dele.. do que ele nos pede...
Amigo tem que ser confiável...tem que ser presente... tem que se poder contar.... até mesmo sem a concordância dele.

Muita Paz
Andy

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Psicografia de Dom Helder Câmara



Dom Hélder se manifesta...

"NOVAS UTOPIAS

Recentemente foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico trazendo as reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao Espírito Dom Helder Câmara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1.999 em Recife, Pernambuco.É do conhecimento geral, principalmente dos católicos brasileiros: Dom Elder Câmara foi um dos fundadores da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro, cuja luta, nesse processo político da nossa história, o notabilizou no mundo todo, como uma das figuras mais expressivas do século XX, na defesa dos fracos contra a tirania dos fortes e dos pobres contra a usura dos ricos. Pregava uma igreja simples voltada para os pobres e a não-violência. Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi indicado quatro vezes para o prêmio Nobel da Paz.
Em 1969 - Doutor Honoris Causa, pela Universidade de Saint Louis, Estados Unidos. Este mesmo título foi-lhe conferido por diversas universidades brasileiras e estrangeiras: Bélgica, Suíça, Alemanha, Holanda, Itália, Canadá e Estados Unidos. Foi intitulado cidadão honorário de 28 cidades brasileiras e da cidade de São Nicolau, na Suiça e Rocamadour, na França.
Recebeu o prêmio Martin Luther King, nos EUA e o prêmio Popular da Paz, na Noruega e diversos outros prêmios internacionais.
Por isso, o livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio espírita e grande polêmica entre os católicos. O que causou mais espanto entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom Helder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões. Marcelo Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1.966 a 1.975 e tem 30 livros publicados.Ao prefaciar o livro Novas Utopias, do Espírito Dom Helder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade de suas idéias e, também, pela linguagem, é como se a Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimatur do Vaticano. É importante destacar, ainda, que os direitos autorais do livro foram divididos em partes iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade Espírita Ermance Dufaux e ao Instituto Dom Helder Câmara, de Recife, o que, aliás, foi aceito pela instituição católica, sem nenhum constrangimento.
No prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo Inácio Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora Jordana Gonçalves Leão, ambos ligados a Igreja Católica. Conforme eles mesmos disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada aos espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da população dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a verdade espiritual, porque "os tempos são chegados"; estes ensinamentos pertencem à natureza e, conseqüentemente, a todos os filhos de Deus.
A verdade espiritual não é propriedade dos espíritas ou de outros que professam estes ensinamentos e, talvez, porque, tenha chegado o momento da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência espiritual, a vida depois da morte e a comunicação entre os dois mundos.
Na entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores, o Espírito comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual:Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade.
Do outro lado da vida, o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento ou ainda encontra muitas barreiras com o preconceito religioso?
Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em determinados pontos que não levam a nada. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.
Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado?Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que pensam semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade.
Como é sua rotina de trabalho?
A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma. Levanto-me, porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que faço com muito prazer.
Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria?Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo.O senhor, depois de desencarnado. Tem estado com freqüência nos centros espíritas?Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente. Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente não é na casa espírita.
O senhor já era reencarnacionista antes de morrer?
Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural.
Mediunidade - Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente?Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.
Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica?Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É esse o grande de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas semelhantes.Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.
Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual. Por que Dom Helder é quem está escrevendo?
Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam dentro de um caixão e nos dizem "acabou-se". Eu já pensava que continuaria a existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas vezes. Então, sentir a necessidade de me expressar por um médium, quando estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou fazendo.
Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso país?Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.
Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira?Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro.
O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade?Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia, inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.
É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física?
Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o plano físico depois da morte seria uma conseqüência natural. Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas espirituais.
Igreja - Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?
Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral.
Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade?
Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração. Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau. Eu posso ter uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução. Queira Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece.
O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel?Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão mais ampliada das coisas. Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática.
Espíritas no futuro?
Não tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja, ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais. Portanto, mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e todos os outros princípios que naturalmente decorrem da vida espiritual.
Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual?
Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades. Então, dizer um nome ou de outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao próximo.
Amor - Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora depois da morte?
Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora da humanidade.
Que mensagem o senhor deixaria para nós espíritas?
Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por nós não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços.
Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral?Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar. "

Livro: Novas Utopias
Autor: Dom Helder Câmara (espírito)
Médium: Carlos Pereira
Editora: Dufaux
site: http://www.editoradufaux.com.br/

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

SONHOS: O Auto Retrato da Vida



Coniunctio nº 4 Volume 2

*SONHOS: O Auto Retrato da Vida*
Por *Luciana Ruth Amaro*

"Somos da mesma matéria de que são feitos os sonhos;nossa breve vida está rodeada por um sono."W. Shakespeare."

Até onde podemos discernir, o único propósito da existência humanaé acender uma luz na escuridão do mero ser."C.G. Jung.

Como transpor algumas ignorâncias e trazer esclarecimento, luz para o nosso existir? E, para começo de conversa, o que todos nós andamos sonhando? Quais os nossos sonhos mais particulares e quais aqueles que respiramos coletivamente?
Essas são indagações dignas de respostas o melhor possível elaboradas, mas por não serem objetivo de tal escrito, serão um dia organizadas (com a colaboração de vocês interessados no tema, é claro).
Mas mobilizada por uma preocupação, acredito que se faz necessário um resgate. Partindo do pressuposto que espontaneidade caminha lado a lado com a criatividade, observo que muitas das queixas sentidas por pacientes, familiares e amigos devem-se a uma desautorização, bem construída, para lidar com aspectos incompreensíveis do ser.
Afixo o cartaz PROCURA-SE.
Por onde anda essa tal espontaneidade?
Capitulo-me assim por declarar ser a primeira a procurar por ela, e por imaginar que, dessa forma, estarei honrando com a mais primorosa característica do material que me proponho aproximar.

"Mesmo que apareça um símbolo essencial, ele raramente é experenciado e compreendido como grande e repentina iluminação; é mais freqüente um símbolo aproximar-sedo consciente por um processo simbólico."Verena Kast.

O sonho carrega essa espontaneidade porque ele nos interliga ao nosso lado irracional.

Para Jung, o sonho, em termos genéricos, é um auto retrato espontâneo, em forma simbólica, da real situação no inconsciente, e suarelação com a consciência é basicamente compensatória: destaca aspectos queo sonhador, em seu estado consciente, vê de maneira errada. Daí Jung sugerirque façamos a pergunta: como sentimos as imagens do sonho.
Ressaltando o caráter do sentir, Aristóteles (considerado uma autoridade no assunto sonho, na Grécia) definia sonho como o resultado da 'afecção docoração. E para ele o coração é a sede central das representações. Tomando o termo afecção, este significa doença, enfermidade, psicologicamente é a modificação no estado moral ou psiquíco de alguém, produzida por causas externas gerando ora um sentimento agradável, ora penível.'

Ora se, segundo Shakespeare, somos feitos do mesmo material que o sonho, e,já para Aristóteles, os sonhos são uma afecção do coração, criando um axioma a là fast food, poderíamos perguntar: o que afetam nossos corações? Ou, mais apropriadamente: o que estamos fazendo com o resultado das afecções em nossos corações? É certo de que estaremos sempre (muito pretenciosamente) metendo o bedelho aqui e ali, fuçando até achar o que parece ser o mais agradável, ou protestar, engabelar até ouvir o que queremos. Senão, não veríamos uma avalanche de pequenos dicionários de sonhos (alguns distribuídos pela Avon),uma enchurrada de pseudo-videntes dispostos a contribuir para esse mercado(uma mão lava a outra).
Certo, muito bem, os ânimos foram aquietados,confortados: não preciso mais me preocupar com o que diabos aquele sonho queria dizer, mas a máquina que produziria, a partir do sentimentodespertado, algumas representações, expressa as conseqüências por esse ato.Pagamos um preço. Não percebemos que aceitando a receita vinda de fora, do estrangeiro, ferimos a camada que protege o que entendemos por capacidade.
Delegando a um outro a responsabilidade pela decifração de alguns enigmas, claro, utilizando algumas desculpas como: 'não tenho tempo', ou (a que mais gosto): 'afinal, estou pagando para isso, não é?' distorcemos o que de fato nos trouxe, desviamos o foco, despotencializamos a nós mesmos por simplesmente nos distanciarmos de nosso mais íntimo vizinho, nosso inconsciente.
A lei do uso e do desuso é implacável! O preço a se pagar é o atrofiamento da máquina da representação. Mas é só o representar que seatrofia, a mente ao contrário perde todos os controles, dispersa-se em níveis estratosféricos ( graças ao mecanismo de compensação, aquele que regula a psique) em miúdos: o inconsciente engole o indivíduo. E não importa o quão forte ele (o coração) pode bater, correr, apressar, temos um anestésico, uma dose a mais, um sossega leão para driblá-lo, controlá-lo, derrotá-lo.

Para acompanhar o que pretendo construir, permitam-me um ir e um voltar um pouquinho.
O que você acha que mobiliza mais o ser humano? O sentimento de incapacidade(pelo fato de não conseguirmos lenitivo por nós mesmos) ou o que intrigou, despertou do tranqüilo sono, e que foi habilmente construído pelo material inconsciente? Pretenciosos como somos e intoleráveis para sensações dedesamparo, angústia, e principalmente deslocamento (sentir-se um peixe forad'água), (o inconsciente nos tira o solo!) qual o confronto a ser'escolhido'? E nos rejubilamos por 'escolher' (estou no comando).

Não tenham dúvidas: confrontamos, bravamente, o sentimento da incapacidade. Até porque não nos afasta do que é familiar, afinal nós o criamos. Mais apropriadamenteo elevamos ao grau de representação. Para o bom acompanhador: O que é isso? O que está acontecendo aqui? Não faz sentido falar agora de um sentimento que foi criado, manipulado.

Certa vez escutei de uma colega, também psicóloga, que não veríamos mais um Freud, um Jung nos dias de hoje. Aquele comentário me intrigou. O que esperamos? O que estamos fazendo afinal? O que sofremos com o efeito da secularização do conhecimentos da psicologia? E por que imaginar que tal efeito pode estar interferindo, interceptando a maior de todas as características de nossamente? A de pertencente a natureza.

Em 1934, Jung já dizia:
"os sonhos são natureza pura; eles nos mostram a verdade natural, sem maquiagens, e por isso se prestam, como nada mais, adar-nos de volta uma atitude que está de acordo com nossa natureza humana básica, quando nossa consciência se desviou demais de seus fundamentos e chegou a um impasse."

O que estamos fazendo com o próprio conhecimento de que dispomos, e que alardeamos possuir? Para todos: não nos enganemos, ele (nosso conhecimento) é o responsável por muito desse impasse.

Citando Fernando Pessoa: "veja a vida de longe, nunca a interrogue, ela nada pode dizer. Pois as respostas encontram-se além dos deuses."
Quem sabe não pode ser um começo não confundir apreensão com distorção e compreensão com escravidão.

Jung já nos alertava:

"A arte de interpretar sonhos não pode ser aprendida nos livros. Métodos eregras só são bons quando podemos prescindir deles. Só o homem que é capazdisso é realmente competente, só o homem compreesivo realmente compreende".(CW 10, Jung)

Como não submergir a uma fórmula e manter viva a experiência do sonhar comoum caminho para a compreensão da simbologia pessoal de cada um de nós? Minha idéia, e objetivo desse escrito, é mesclarmos atitude (aquela que Jung comenta, escrita na citação quatro parágrafos acima), aquela que nos lembra de nossa natureza básica: a humana, com a compreensão citada logo acima. A propósito, que compreensão é essa? Como entender, despertar uma compreensão que prescinde de fórmulas, métodos, e principalmente garantias (eu incluiria)? Que atitude humana pode fazer tal mistura?

Schopenhauer disse que há uma atitude, uma qualidade que sentida pelo homem possui o mesmo efeito que o calor na cera.

E acredito ser essa a atitude para nós necessária. Trata-se da gentileza. Senão vejamos. Como responder, ajudados pelo sentimento da gentileza, à pergunta: o que estamos fazendo com as afecções em nossos corações? Ah! Não se interpõe mais uma necessidade nem de apreensão, muito menos de resposta. Sobrevêm sim um sentimento que automaticamente une imagem onírica com representação nos capacitando a um simples sentir (espontaneamente), um passear com as cenas, movimentos, desafios, encantos, intensidades, incompreensão, angústia, respeito, dúvida, menosprezo... enfim, um manancial imenso, inesgotável de imagens/representações que por simplesmente serem sentidas geram sentido, transmitem, comunicam, criam outros sentidos, enfim nos interligam com o nosso lado inconsciente, lembrando que essa é a principal função do sonho. Hoje em dia só com doses cavalares (quanta gentileza esse animal transmite, não?) de gentileza sobreviveremos ao massacre que presenciamos todos os dias, todos os momentos às nossas raízes inconscientes.

(OBS.: Texto recebido por e-mail. Os questionamentos da autora são direcionados aos estudantes e aos seus colegas de psicologia e não propriamente ao público leigo!)

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Um show de texto!!!

Andy

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Regressão com Mapeamento cerebral


O psicólogo Júlio Peres, do Instituto de Terapia Regressiva Vivencial Peres, de São Paulo, anunciou uma parceria de pesquisa com a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, para monitorar o fluxo sanguíneo e as estruturas cerebrais acionadas durante a regressão. Quatro mulheres e dois homens sadios, com idades entre 28 e 39 anos, se submeteram a uma tomografia com emissão de radiofármaco (método spect), realizada no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Depois, seus exames foram analisados pelo médico Andrew Newberg, especialista em estados modificados de consciência da universidade americana.
Finalizados, os estudos revelaram que as áreas do cérebro mais requisitadas neste processo são as do lobo médio temporal e as do lobo pré-frontal esquerdo, que respondem pela memória e pela emoção.
É mais um passo na busca de comprovação de que essas experiências não são fruto da imaginação.

“Se o paciente estivesse criando uma história, o lobo frontal seria acionado e a carga emocional não seria tão intensa”, explica Peres

Veja as imagens clicando aqui

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