Quando todos entendermos que desde a gestação, o espírito reencarnante deve ser cuidado com todos os recursos psicológicos possíveis afim de proporcionar maiores chances de um desenvolvimento mais eficaz e rápido, teremos compreendido o objetivo MAIOR da paternidade, que não se restringe a trazer ao mundo mais um ser.
Na verdade, eu sou absolutamente contra à paternidade sem juízo, sem bom senso; um risco grande à muitos espíritos que imploram sofridamente por bons educadores.
A questão de que existe uma fila de seres desesperados e ansiosos por reencarnarem, não justifica se "parir" 4, 5, 10 sem termos a preocupação com a qualidade da educação que será dispensada à cada uma destas criaturas.
Apenas 1 espírito bem educado moralmente em cada reencarnação pode proporcionar um benefício imenso não só à este como àqueles outros tantos que virão ao corpo futuramente através destes.
Acho uma tremenda falta de tempo e, aliás, até muito arriscada, a reencarnação em famílias desestruturadas emocionalmente.
Na minha opinião, uma reencarnação nestas condições pode inclusive reforçar "maus hábitos" e más inclinações em espíritos necessitados de evolução.
Chega a ser um perigo enlouquecedor para qualquer criatura "entregue" aos cuidados de pais incapacitados moralmente.
Sou defensora da teoria de que se um casal não tem desejo sincero e responsável da parternidade, não deve se arriscar nesta empreitada, sob pena de no lugar de ajudar, prejudicar os futuros companheiros espirituais na condição temporária de filhos.
Uma reencarnação apropriada, sendo estruturada com bases morais muito bem objetivadas, forradas de muito amor, deveria ser, ao meu ver, a prioridade desta questão.
Tenho convicção de que é preferível se aguardar mais tempo para bem reencarnar, do que se aventurar em famílias que não possam ajudar muito. Ajudar pouco pode significar piorar a situação espiritual.
A afirmação de que o espírito não retrograda, creio, é muito questionável.
A evolução pode até acontecer no aspecto intelectual, no desenvolvimento de uma ou outra habilidade, mas quanto à moral, o lado principal do espírito, sinceramente, tenho profundas dúvidas e praticamente certeza de que isso não é verdade.
A questão de que, uma vez adquirida uma virtude ela estará consolidada na moral espírito, é inquestionável - Ex.: Se aprendemos "realmente" à não matar, não mataremos nunca mesmo, mas até que ponto podemos afirmar isso ? E se reencarnamos em famílias com tendências à matar? Será mesmo que não seremos influenciados e até "educados" para isso?
Em contra-partida, ao reencarnarmos em famílias já bem equilibradas nesta questão, a tendência é de que reafirmaremos em nosso caráter a questão de que não podemos matar.
O hábito se torna uma virtude ou um defeito com o vivenciar deste.
O espírito, ao se expôr às vicissitudes de cada reencarnação, senão estiver muito bem amparado por uma família - em especial pelos pais - pode com certeza "adquirir" novos e maus hábitos, ou ainda, pode trazer à tona defeitos que já estavam adormecendo quase prontos para serem eliminados de vez de sua moral se forem bem "polidos".
A má orientação por parte dos pais e responsáveis, além de não ajudar à modificar as más tendências daquele que já às trouxe com ele, como por exemplo esta questão do NÃO MATAR, ou apenas superficialmente contê-la, é o que com certeza arrasta as etapas reencarnatórias desnecessariamente à passos de tartaruga, causando muito sofrimento.
Na reencarnação, a sanidade "mental" do espírito e seu aprendizado moral, devem ser o objetivo maior da decisão pela paternidade.
Se há dúvida quanto à nossa própria capacidade de educar corretamente - e isso não significa que tenhamos que ser pais perfeitos - a paternidade deve ser sinceramente questionada, no meu ponto de vista.
"Conhece-te a ti mesmo" tem aqui uma das maiores verdades, pois somente nos auto-analisando com muita honestidade, é que poderemos colaborar com o Pai Maior na mais importante de todas as atividades que cada ser pode exercer: Proporcionar oportunidades aos irmãos reencarnantes (nossas semelhantes criaturas filhas de nosso Criador) com qualidade e amor divinos.
Nossos filhos hoje, poderão ser nossos futuros educadores na condição de pais ou avós... e deles muitos de nós dependerá para sermos fortalecidos em nossas qualidades, amparados em nossa luta por eliminar nossas más tendências afim de evoluirmos mais rapidamente, através de uma educação moral contínua, participando de mundos onde o aprimoramento espiritual caminhará à passos largos - como deve ser a caminhada em direção à luz!
Andy
2 comentários:
Olá,
em função de um compromisso, nào poderei me estender ,mas depois gostaria de debater um pouco mais sobre seu texto.
Respeito sua opinião, mas, voltando aos ensinamentos do Mestre, vc acha que DEUs faz as coisas por simples capricho ou acaso? As reeencarnações que vc acham perda de tempo, seriam "experimentos" mal sucedidos de DEUS?
voltaremois a falar se vc desejar.
Muita paz!!
marmaurelio@hotmail.com
Meu amigo, boa tarde e grata por comentar...
Minha opinião é muito afinizada com a de Victor Hugo... somente a boa educação moral e intelectual dos pais pode ajudar no processo evolutivo da maioria dos espíritos e para isso, a "avó" destes precisa ser educação em primeiro lugar.
Creio q Deus nos dá a chance e o compromisso evolutivo, mas cada um de nós caminha por conta própria, na minha opinião.
Enquanto espírito sedento de crescimento espiritual, posso te garantir que se eu tivesse tido melhor educação na Terra, em especial, no tocante as áreas moral e intelectual, eu estaria muito mais a frente do que estou.
Reconheço que cada espírito tem que batalhar por seu crescimento, mas a educação da família é fundamental para este processo não se tornar uma perda de tempo. Eu creio sim, sem sombras de dúvidas, que a educação familiar ou dos responsáveis pela educação de cada pessoa encarnada, é ponto-chave para seu crescimento ou não.
Deus não tem pressa... somos eternos... mas ao meu ver, é uma perda imensa de energia sermos "mal-educados" pelos q deveriam ser os maiores responsáveis por este caminhar aqui neste planeta.
Não tenho uma visão romântica acêrca de Deus e muito menos acêrca do ser humano - aprendi a ser realista e objetiva neste assunto e por isso não consigo ver significado para vidas sem orientação correta.
Um abraço.
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